terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Argent - In Deep (1973)








Acho que todo mundo é meio familiarizado com o sub-gênero AOR mas o que causa uma certa confusão é que existem dois tipos dele. O primeiro é Adult Oriented Rock e mescla rock, hard-rock e prog, algo como o art-rock. O outro é Album Oriented Rock, diferente, feito para se encaixar nas FMs. Pois é no primeiro que a música da Argent se encaixou. A banda não tinha um intuito comercial e caprichava na parte instrumental e na produção, mas criava sucessos acessíveis que foram regravados por muitos outros, como a faixa 1 deste seu quarto álbum. Contudo, In Deep já prenuncia que a banda estava se aproximando mais do prog, com a pirotecnia nos teclados e alguns instrumentos de percussão mais comuns em orquestras. Os álbuns seguintes confirmariam isso. 






Rod Argent - órgão, piano, piano elétrico, Mellotron, vocal (6)
Russ Ballard - vocal, guitarra, violão
Jim Rodford - baixo, vocal
Robert Henrit - bateria, percussão
Derek Griffiths - guitarra solo (6)






1 God Gave Rock & Roll
2 It's Only Money (Part 1)
3 It's Only Money (Part 2)
4 Losing Hold
5 Be Glad
6 Christmas For The Free
7 Candles On The River
8 Rosie
9 Hold Your Head Up

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Mateus Starling - Kairos (2008)







Mateus Starling é um guitarrista brasileiro extremamente talentoso que formou-se na Berklee com láurea em performance. Ele também é professor de guitarra e autor de vídeos instrucionais. Kairos é o seu primeiro disco, gravado ao vivo em estúdio, para incrementar a dinâmica das improvisações, coisa que Mateus diz admirar nos discos mais antigos de jazz. Então, o som é fusion, a guitarra domina, mas o sax tem muito espaço nas faixas em quarteto e a cozinha é de primeira. Você pode comprar esse elogiado CD no site do Mateus, bem como curtir suas dicas e comprar vídeo-aulas. O CD também pode ser encontrado na Freenote Livros.





Mateus Starling - guitarra
Jesse Scheinin - sax tenor
Chris Cabrera - baixo
Pablo Eluchans - bateria
Caio Slonzon - baixo
Edu Nali - bateria





1 Exodus
2 Good Moments  
3 Jericó 
4 Brazilian Funk 
5 Guerreiro 
6 Pai
7 Paçoca 
8 The Ark 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Larry Carlton - Sapphire Blue (2003)








Apesar de jazzista, Mr. 335 tem suas raízes no blues e durante mais de dez anos ele nutriu o desejo de lançar um disco de blues com uma poderosa sessão de metais. Mesmo sem gravar blues, Larry Carlton sempre os incluía nos seus shows, e nesses momentos é que ele sentia maior empatia com o público. A oportunidade veio com a mudança de gravadora. A Bluebird, que pertence à RCA, lhe deu toda liberdade e ele mesmo produziu esse disco. Sapphire Blue é todo permeado por sutis e sentimentais homenagens a B.B. King e Albert King.






Larry Carlton - guitarra
Reese Wynans (Stevie Ray Vaughan & Double Trouble) - órgão Hammond B-3
Matt Rollings - piano elétrico Fender Rhodes
Terry McMillan - harmônica
Jim Horn - sax barítono, arranjos para os metais
Mark Douthit - sax tenor
Chris Dunn - trombone
Steve Patrick - trompete
Michael Rhodes - baixo
Billy Kilson - bateria
Eric Darken - percussão






1 Friday Night Shuffle
2 A Pair Of Kings
3 Night Sweats
4 Sapphire Blue
5 7 For You
6 Slightly Dirty
7 Just An Excuse
8 Take Me Down


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

John Coltrane - Blue Train (1957)








John Coltrane teve uma carreira muito curta, que assim não parece por causa da sua imensa produção, seja solo, seja como acompanhante. Seu vício em heroína certamente atrapalhou bastante — Duke Ellington o demitiu por causa disso. Em 1955 ele foi contratado por Miles Davis, que tinha se livrado do mesmo vício. Miles o demitiu e o recontratou por três vezes, sempre por causa do vício. Nessa época Miles tinha contrato com o selo Prestige e enquanto Coltrane permanecia "demitido", gravava com outros artistas do selo e conseguiu um contrato solo. Em 1957 ele foi tocar com Thelonious Monk e nesse período desenvolveu a técnica de tocar várias notas de uma só vez. Daí veio o contrato com a Blue Note e saiu Blue Train. Ele é um disco de hard bop, como todos os da Blue Note da época, mas a faixa título é um blues, um grande blues de mais de dez minutos.






John Coltrane - sax tenor
Kenny Drew - piano
Curtis Fuller - trombone 
Lee Morgan - trompete
Paul Chambers - baixo
Philly Joe Jones - bateria






1 Blue Train
2 Moment's Notice
3 Locomotion
4 I'm Old Fashioned
5 Lazy Bird
6 Blue Train (Alternate Take)
7 Lazy Bird (Alternate Take)


domingo, 22 de janeiro de 2017

Kenny Burrell - Midnight Blue (1963)







Certa vez B.B. King disse que o jazz é o irmão mais velho do blues. Se um cara toca blues ele está no colégio, mas se começa a tocar jazz é porque passou para a faculdade. Deve-se supor, então, que não se esquece o que se aprendeu antes, e é o que Kenny Burrell faz aqui. Midnight Blue é o seu lançamento mais conhecido pela Blue Note e é a reunião de faixas orientadas pelo blues. Chitlins Con Carne, por exemplo, foi regravada por muitos músicos de blues como Buddy Guy e Stevie Ray Vaughan. Burrell, como sempre, é econômico e preciso, usando as notas não mais do que o necessário. Isso privilegia a melodia e dá espaço aos companheiros, principalmente Turrentine.
Burrell foi guitarrista favorito de Duke Ellington e no encarte tem mais algumas frases dele sobre o blues.





Kenny Burrell - guitarra
Stanley Turrentine - sax tenor
Major Holley Jr. - baixo
Ray Barretto - congas
Bill English - bateria





1 Chitlins Con Carne
2 Mule
3 Soul Lament
4 Midnight Blue
5 Wavy Gravy
6 Gee Baby, Ain't I Good To You
7 Saturday Night Blues
8 Kenny's Sound
9 K Twist

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Bullet - The Entrance To Hell (1970)








The Entrance To Hell é a mesma coisa que o Bulletproof da banda Hard Stuff e também é igual ao disco The Entrance To Hell da banda Daemon; isso porque é a mesma banda afinal. Quando se uniram, Du Cann, Gustafson e Hammond primeiro formaram a Daemon e gravaram algumas faixas. Logo mudaram o nome da banda para Bullet e gravaram mais alumas. A Bullet partiu em turnê abrindo shows para a Deep Purple e, antes de finalizarem o primeiro LP, foram avisados de que havia uma banda com esse mesmo nome nos EUA e que ela poderia processá-los. Daí mudaram o nome para Hard Stuff. As diferenças desse disco para o Bulletproof estão basicamente na mixagem das faixas, em algumas faixas que ficaram de fora e de um vocalista adicional, que acabou dispensado. 






John Du Cann - guitarra, vocal
John Gustafson - baixo, vocal
Paul Hammond - bateria
Al Shaw - vocal, percussão






1   Door Opens
2   Millionaire
3   No Witch at All
4   Taken Alive
5   The Soul That I Had
6   Entrance to Hell
7   The Orchestrator
8   Hell, Demonic Possession
9   Fortunes Told
10 Sinister Minister
11 Jam (The Rock)
12 Time Gambler
13 Monster in Paradise
14 Jay Time
15 Mr Longevity
16 Door Slams
17 Jam (The Taker)

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Hard Stuff - Bulletproof (1972)








Este álbum é um clássico do hard rock. A Hard Stuff evoluiu da banda Bullet que tinha John Du Cann e Paul Hammond, vindos da Atomic Rooster, e John Gustfson, vindo da Quatermass. De certa forma, a Hard Stuff foi uma protegida da Deep Purple pois gravou no selo dela, Gillan e Glover colaboraram em uma música e John Gustafson foi tocar com ambos depois. O som da banda é pesado e agressivo e ela gravou mais um disco antes de se separar.





John Du Cann - guitarras e vocal
John Gustafson - baixo e vocal
Paul Hammond - bateria





1 Jay Time 
2 Sinister Minister 
3 No Witch At All 
4 Taken Alive 
5 Time Gambler 
6 Millionaire 
7 Monster In Paradise 
8 Hobo 
9 Mr. Longevity 
10 The Provider
11 Monster In Paradise (early mix)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Gary Moore - Corridors Of Power (1982)








Ian Paice é o único membro que participou de todos os discos da Deep Purple. Durante aquele hiato da banda e depois do disco Saints & Sinners da Whitesnake, ele e o baixista Neil Murray foram tocar com Gary Moore. Eles trabalharam juntos por dois anos e lançaram três discos, sendo Corridors Of Power o primeiro deles. Este é o segundo disco solo de Moore onde predomina o hard rock, mas tem também um pouco de pop e heavy metal. Um vocalista estava escalado para gravar, contudo, a gravadora insistiu para que Moore cantasse, e até que ele acabou se revelando mais que satisfatório. Ao vivo, John Sloman assumiu o microfone. Com essa banda afiadíssima e o virtuosismo indiscutível de Moore, Corridors Of Power é um disco fundamental para quem gosta de guitarra e, ainda mais, para quem quer tocar guitarra. 






Gary Moore - guitarras, vocal
Tommy Eyre (The Aynsley Dunbar Retaliation, Zzebra) - teclados
Neil Murray (National Health, Colosseum II, Black Sabbath) - baixo
Mo Foster (Affinity, Roger Glover) - baixo (5)
Ian Paice - bateria
Bobby Chouinard - bateria (6)
com:
Jack Bruce - vocal (6)






1 Don't Take Me For A Loser
2 Always Gonna Love You
3 Wishing Well
4 Gonna Break My Heart Again
5 Falling In Love With You
6 End Of The World
7 Rockin' Every Night
8 Cold Hearted
9 I Can't Wait Until Tomorrow

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Lord Sutch and Heavy Friends - Hands of Jack the Ripper (1972)








Ritchie Blackmore tocou várias vezes com Lord Sutch entre 1962 e 1967. Na primeira audição, para a banda Lord Sutch & The Savages, ele disputou o lugar com Pete Townshend, mas quem acabou levando foi Roger Mingay, por ser mais velho e experiente — Blackmore tinha uns 15 ou 16 anos nessa época. Mais adiante, Jimmy Page e Jeff Beck também tocariam com Sutch.
Sutch era um cara que não primava pelo talento musical, por isso mesmo suas bandas tocavam covers de Little Richard, Elvis e Jerry Lee Lewis. A grande sacada dele foi aproveitar uma fadiga no estilo comportado da época para atacar com uma imagem extremamente teatral e irreverente. Ele foi um dos primeiros a aparecer com cabelos muito compridos e usando as mais diversas indumentárias. Logo ele adotou o nome de "Screaming Lord Sutch", uma corruptela de Screaming Jay Hawkins. Com todo o fuzuê, ele acabou atraindo não só o público, mas muitos músicos de talento. Blackmore declarou que aprendeu muito com ele sobre presença no palco, mas que o início foi penoso: Na banda Lord Sutch & The Savages ele teve que vestir-se com peles. Envergonhado, Ritchie se escondia no meio dos amps e Sutch o arrastava de volta à frente.
Nesse disco, Lord Sutch reuniu alguns dos muitos ilustres companheiros de maluquice. Nick Simper também está aí creditado como Nick "Sampler". Pelo line-up já se percebe que, embora não haja nada de novo, a musicalidade é incrível. Na dupla de bateristas, Carlo Little deu aulas a Keith Moon, que o idolatrava.






Lord Sutch - vocal
Ritchie Blackmore - guitarra
Matthew Fisher (Procol Harum) - órgão, piano
Victor Brox (Aynsley Dunbar Retaliation, Graham Bond) - vocal
Annette Brox (Sweet Pain, Alexis Korner) - vocal
Brian Keith - vocal, trombone
Sid Phillips - sax
Noel Redding (Experience) - baixo
Nick Simper - baixo
Keith Moon (The Who) - bateria
Carlo Little (Savages) - bateria






1 Gotta Keep A-Rocking 
2 Roll Over Beethoven 
3 Country Club 
4 Hands Of Jack The Ripper
5 Good Golly Miss Molly 
6 Great Balls Of Fire 
7 Bye bye Johnny/Johnny B. Goode
8 Tutti Futti Medlley: 
   a. Long Tall Sally 
   b. Jenny Jenny 
   c. Keep A-Knockin
   d. Jenny Jenny
   e. Tutti Frutti

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Green Bullfrog - The Green Bullfrog Sessions (1972)








No comecinho de 1970, a Deep Purple estava na sua segunda formação e tinha o histórico álbum In Rock praticamente pronto quando a gravadora Tetragrammaton quebrou. Os caras ficaram no mato sem cachorro pois ainda tinham contrato com ela, tinham ações dela e não veriam um tostão. O jeito seria ela ser comprada por outra, e foi o que começaram a negociar. Por causa disso, o lançamento do álbum foi comprometido e a turnê, que já estava agendada, foi adiada. Então, Derek Lawrence, o antigo produtor da banda, teve a ideia de reunir músicos com os quais já tinha trabalhado numa super sessão e aproveitou a ociosidade de Blackmore e Paice. Um disco foi acertado com a gravadora Decca e todos os músicos usaram apelidos, tanto para evitar algum eventual problema de contrato, quanto para aumentar o mistério e fazer uma autopromoção. Dessa forma, Big Jim Sullivan, que foi tutor de Blackmore, ficou como "Boss"; Tony Ashton que era chegado numa birita é o Bevy (de beverage); e por aí vai. Tudo ficou envolto em mistério e rumores até 1976, quando Blackmore esclareceu tudo para a revista Guitar Player. 
As músicas são versões infectadas pelo blues-rock de clássicos do rock, mais duas originais de Lawrence, e tudo foi gravado em dois dias no estúdio Kingsway em Londres. 





Ritchie Blackmore (Boots) - guitarra
Tony Ashton (Bevy) (Chicken Shack, Family) - teclados
Ian Paice (Speedy) - bateria
Big Jim Sullivan (Boss) - guitarra 
Earl Jordan (Jordan) (Jodo) - vocal 
Albert Lee (Pinta) (Heads Hands & Feet) - guitarra 
Chas Hodges (Sleepy) (Heads Hands & Feet) - baixo
Matthew Fisher (Sorry) (Procol Harum) - teclados
Rod Alexander (Vicar) (Blackwater Junction, Jodo) - teclados





1 Ain't Nobody Home 
2 Bullfrog 
3 Walk A Mile In My Shoes 
4 My Baby Left Me 
5 Makin' Time 
6 Lawdy Miss Clawdy 
7 I'm A Free Man 
8 Lovin' You Is Good For Me Baby 
9 I Want You 
10 Louisiana Man 
11 Who Yo You Love 

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Captain Beyond - Sufficiently Breathless (1973)







E o Rod Evans? Depois de chutado da Deep Purple ele foi para a Califórnia e fundou a Captain Beyond com ex-membros da Iron Butterfly mais o ex-baterista de Johnny Winter, Bobby Caldwell. O primeiro disco é memorável e este segundo álbum também é muito bom, mas diferente. Bobby Caldwell saiu e o som não é tão pesado nem psicodélico. É mais acústico e um pouco influenciado por música latina e pelo rock progressivo. Depois dele, a banda se separou e Rod Evans mudou tudo na vida: ele tornou-se paramédico num hospital. Um belo dia uns empresários mau-caráter chegaram para ele e propuseram montar uma banda com o nome de... New Deep Purple. Esses mesmos caras já haviam sido processados por John Kay por também terem criado uma Steppenwolf falsa e, mesmo assim, Rod Evans topou. Pior que isso, os caras fizeram a coisa de um jeito que apenas Evans poderia ser responsabilizado. E foi. Ritchie Blackmore e seus empresários foram com tudo e condenaram Evans a pagar uma indenização de mais de 700 mil dólares; dinheiro que Evans não tinha e nunca terá. 





Rod Evans - vocal
Rhino (Larry Reinhardt) - guitarra, slide, violão
Reese Wynans (Stevie Ray Vaughan & Double Trouble) - piano elétrico e acústico
Paul Hornsby - órgão (5)
Lee Dorman - baixo
Marty Rodriguez - bateria, vocal
Guille Garcia - percussão





1 Sufficiently Breathless
2 Bright, Blue Tango
3 Drifting In Space
4 Evil Men
5 Starglow Energy
6 Distant Sun
7 Voyages Of Past Travellers
8 Everything's A Circle

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Nick Simper's Fandango - Slipstreaming & Future Times (1979 - 1980)







A banda Warhorse lançou dois discos: aquele autointitulado de 1970 e Red Sea em 1972, com um novo guitarrista chamado Pete Parks. Depois ela se separou. Nick Simper, então, formou outra banda chamada Nick Simper's Dynamite — também com Pete Parks na guitarra — que lançou apenas um single. Em 1978 ele e Parks formaram a Fandango, ou Nick Simper's Fandango. Ela durou dois anos e gravou os dois álbuns que estão reunidos aqui. Enquanto nas suas bandas anteriores havia um destaque para o tecladista, na Fandango o som é orientado pela guitarra e há bons solos dela. O ponto alto é a faixa Time Will Tell que fala do tempo de Simper na Deep Purple. O segundo disco já não é tão bom, e talvez por isso a banda tenha acabado.





CD1 - Slipstreaming


Pete Parks - guitarra
Jim Proops - vocal
Neil McArthur - órgão, piano
Nick Simper - baixo
Ron Penney - bateria


Candice Larene
Rocky Road Blues
Independent Man (Hey Mama)
Slipstreaming
Schoolhouse Party
Sister
Mississsippi Lady
Time Will Tell


CD2 - Future Times


Pete Parks - guitarra
Jim Proops - vocal
Nick Simper - baixo
Mac Poole - bateria



Pull Out & Start Again
Get Down, Lay Down
She Was My Friend
Future Times
Undercover Man
Something's Burning
Hard Drink & Easy Woman


domingo, 8 de janeiro de 2017

Warhorse - Warhorse (1970)







Nick Simper tornou-se amigo de Jon Lord quando ambos tocaram numa banda chamada The Flower Pot Men, daí o convite para Simper participar da Roundabout e, consequentemente, da Deep Purple. Contudo, isso não evitou que ele fosse demitido junto com Rod Evans quando o terceiro disco da Deep Purple não alcançou o sucesso esperado — Ritchie Blackmore alegou que o estilo dele não estava à sua altura. Ok. Rod Evans formou a Captain Beyond e lançou aquele disco que é um clássico do hard rock. Por sua vez, Nick Simper formou a Warhorse que lançou este outro clássico. E ambos são mais legais do que os anteriores da DP. Chupa Blackmore!. 
Uma curiosidade: o primeiro tecladista da Warhorse chamava-se Rick Wakeman.




Nick Simper - baixo
Ashley Holt - vocal
Frank Wilson (Velvett Fogg) - órgão, piano
Ged Peck - guitarra
Mac Poole (Gong) - bateria





1   Vulture Blood
2   No Chance
3   Burning
4   St. Louis     
5   Ritual
6   Solitude
7   Woman Of The Devil
8   Miss Jane
9   Ritual -Live Version-
10 Solitude -Live Version
11 Woman Of The Devil -Live Version
12 Burning -Live Version

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Jon Lord - Concerto For Group And Orchestra (2012)







Esse álbum era um desejo antigo de John Lord: Ele havia executado inúmeras vezes esse histórico concerto, originalmente de 1969, sempre ao vivo. Uma dessas apresentações aconteceu em São Paulo na Virada Cultural de 2009, em plena Avenida São João. Acontece que ele sentia que faltava uma versão de estúdio, mais detalhada e renovada. As gravações começaram em junho de 2011, em Liverpool, e continuaram em Londres, no Abbey Road. Em agosto e outubro foram acrescentados os vocais e a guitarra de Joe Bonamassa. No início de maio de 2012, Steve Morse fez uma pausa na Deep Purple para gravar sua parte e assim também foi com a de Darin Vasilev. A mixagem final tomou mais alguns dias. Infelizmente, Jon Lord faleceu poucos dias depois e essa versão definitiva da sua obra, seminal para o rock sinfônico e o rock progressivo, foi o canto do cisne de um grande músico e um grande homem.





Jon Lord - órgão Hammond
Darin Vasilev - guitarra (1)
Joe Bonamassa - guitarra (2)
Steve Morse - guitarra (3)
Bruce Dickinson - vocal
Kaskia Laska - vocal
Steve Balsamo - vocal
Ian Gillan - letra (2)
Guy Pratt (Pink Floyd) - baixo
Brett Morgan (Jon Anderson, Greg Lake) - bateria
com:
Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
Paul Mann - regente





1 Moderato - Allegro
2 Andante
3 Vivace - Presto

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

The Artwoods - Jazz in Jeans (1966)







The Artwoods foi uma banda inglesa de R&B que experimentou um breve sucesso no meio dos anos 60. Seu líder era Arthur Wood, o irmão mais velho do guitarrista da Rolling Stones, Ronnie. A banda era bastante competente, com destaque para Jon Lord e o baterista Keef Hartley, tecnicamente brilhante. Lord tocava inspirado em Booker T e em Jimmy Smith também, e já desenvolvia aquele estilo que seria marca registrada da Deep Purple. Ele também era o principal compositor, muito embora a Artwoods se dedicasse mais aos covers. A banda lançou um único LP chamado Art Galery, que quando foi relançado em CD recebeu um monte de bônus que eram os vários singles. Jazz in Jeans foi um EP e nessa edição japonesa recebeu como bônus os mesmos singles. A palavra Jazz ali vale só se considerarmos a levada do órgão e, mesmo assim, é quase nada.
The Artwoods se separou em 1967. Keef Hartley foi tocar com John Mayall mas não teve muito espaço na Bluesbreakers e saiu para formar a própria banda. Derek Griffiths tocou em ao menos duas outras boas bandas mas acabou tornando-se apresentador de programas infantis para a TV. Art Wood participou de diversos combos e faleceu em 2006. Jon Lord tornou-se um dos músicos mais importantes da história.





Art Wood - vocal
Jon Lord - órgão Hammond, piano
Derek Griffiths (Satisfaction, Dog Soldier) - guitarra
Malcolm Pool (Accolade) - baixo
Keef Hartley - bateria





1   Sweet Mary [Leadbelly]
2   If I Ever Get My Hands On You
3   Oh My Love
4   Big City
5   Goodbye Sisters
6   She Knows What To Do [Dr. John]
7   I Take What I Want [Isaac Hayes]
8   I'm Looking For A Saxophonist Doubling French Horn Wearing Size 37 Boots
9   I Feel Good
10 Molly Anderson's Cookery Book
11 What Shall I Do
12 In The Deep End
13 Brother Can You Spare A Dime
14 Al's Party
15 These Boots Are Made For Walking
16 A Taste Of Honey
17 Our Man Flint
18 Routine

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Deep Purple - Shades Of Deep Purple (1968)








A Deep Purple pertence à Santíssima Trindade do rock e tudo começou com o baterista da banda The Searchers, chamado Chris Curtis. Ele procurou o produtor Tony Edwards com o projeto de uma banda a ser chamada Roundabout. Esse nome significaria que seus membros entrariam e sairiam constantemente. Curiosamente, foi o próprio Curtis quem primeiro saiu, logo nos primeiros dias. Antes disso vieram Jon Lord e Nick Simper. Lord era um tecladista com sólida formação erudita que estava na banda The Artwoods, do irmão do Ron Wood, guitarrista da Rolling Stones. Lord sugeriu seu amigo Nick Simper para o baixo, e Simper estava na Johnny Kidd & The Pirates e esteve no acidente de carro que matou Johnny Kidd. Ritchie Blackmore também foi contratado. Ele tocara em diversos combos e um deles chamava-se Roman Empire, cujos membros apresentavam-se vestidos — acredite se quiser — de gladiadores.
Com a saída de Chris Curtis foi testado um baterista chamado Bobby Woodman, que não agradou. Aí, eles contrataram de uma vez dois membros da banda The Maze: Ian Paice e Rod Evans.
A Roundabaut partiu para uma excursão na Escandinávia e, no final, mudou seu nome para Deep Purple, que era a música favorita da avó de Blackmore.
A banda começou a preparar este primeiro álbum mas ainda era ignorada em seu país. Então, a gravadora, que pertencia ao comediante americano Bill Cosby, arranjou uma turnê nos Estados Unidos e lá é que Shades Of Deep Purple foi lançado primeiro. O trabalho da banda foi muito influenciado pelo da Vanilla Fudge e este disco contém rearranjos matadores de sucessos como Hey Joe e Hush, esta última alcançando a quinta posição nas paradas. O sucesso na Europa veio depois que foram escolhidos para se apresentarem da turnê de despedida da Cream.






Jon Lord - órgão Hammond, backing vocal
Ritchie Blackmore - guitarra
Rod Evans - vocal
Nick Simper - baixo, backing vocal
Ian Paice - bateria






1   And The Address
2   Hush
3   One More Rainy Day
4   Prelude: a - Happiness; b - I'm So Glad [Skip James]
5   Mandrake Root
6   Help [Lennon/McCartney]
7   Love Help Me
8   Hey Joe [Billy Roberts]
9   Shadows (Album Out Take)
10 Love Help Me (Instrumental Vsn.)
11 Help (Alternate Take)
12 Hey Joe (BBC Top Gear Session)
13 Hush (Live US TV 1968)