quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Dragonfly - Almost Abandoned (1974)








Esta outra Dragonfly é britânica e foi formada por alguns dos mais requisitados músicos de estúdio da época. Liderada pela dupla Neville/Williams ela fez um rock sem grandes pretensões, mas competente e gostoso de ouvir — também sem grandes pretensões. O som é suingado e pode ser influência da disco music. Parece que a gravadora Retreat tinha maiores planos para ela, afinal, encomendou a arte para o estúdio Hipgnosis, o mesmo de muitas capas da Pink Floyd. Contudo, esse foi o único disco dessa banda.





Gordon Neville (Beggars Opera, Alan Bown Set) - vocal
Phil Palmer - guitarra
Dave Williams - guitarra, piano
Dave Lathwell - guitarra rítmica
Andy Brown - baixo
Jim Toomey (Titus Groan) - bateria
Ray Duffy (Southern Comfort) - bateria 





1 Gondola
2 Friend Of Mine
3 Almost Abandoned
4 Feeling The Green Eyes
5 My Lady's Answer
6 Holy Mountain King
7 Marseilles Queen
8 Since I Left Home
9 Driving Around The World

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Dragonfly - Dragonfly (1982)








Esta Dragonfly é suíça e lançou apenas esse disco em 1982, numa produção independente gravada no final do ano anterior. É um álbum prog excepcionalmente bom, muito bom. Digo excepcionalmente por causa da época em que foi lançado, quando o prog já parecia extinto. No entanto, a Dragonfly traz consigo todas as boas lembranças da Yes, da ELP e da Genesis. Grandioso e épico, este pode ter sido uma faísca para o neo-prog.





Markus Husi - teclados
Marcel Ege - guitarra
René Bühler  vocal, percussão
Klaus Moennig - baixo, pedal Taurus, vocal
Patrick Baumgartner - baixo (6)
Beat Bösiger - bateria





1 Behind The Spider's Web
2 Shellycoat
3 You Know My Ways (I Belong To You)
4 Willing And Ready To Face It All
5 Dragonfly
6 Humdinger
7 The Riddle Princess

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Louisiana Red - Driftin' (1999)







Louisiana Red ou Iverson Minter, seu nome de batismo é um bluesman expatriado — em 1981 ele radicou-se na Alemanha, onde faleceu em 2012. Diz-se que ele não toca o blues, ele vive o blues. É certo que a sua alma e a alma do blues são gêmeas. Sua mãe morreu logo após seu nascimento em 1932, e aos cinco anos de idade ele viu seu pai ser linchado pela Klu Klux Klan. Sua carreira começou oficialmente em 1949 e ele viajou com músicos do prestígio de um John Lee Hooker e um Lightnin' Hopkins. Quando ele toca, seja elétrico ou acústico, ele entra em transe e nos oferece algumas das melhores performances do blues do Delta. 





Louisiana Red - guitarra, violão, vocal
Willie ' Big Eyes' Smith - harmônica
Allen Batts - piano
Michael Frank - harmônica (10)
Brian Bisesi - guitarra, violão
Willie Kent - baixo





1   Driftin'
2   Hard Hard Time
3   Bring Me Some Water [Lightnin' Hopkins]
4   Leaving Grandma
5   In The Garden
6   The Day I Met B.B. King
7   Keep Your Hands On The Plow
8   Teddy Bear / Cootie In The Gump Stump
9   Getting Weaker Day By Day
10 I Met Lightnin' Hopkins
11 Chankity Chank Chank
12 Baby, You Gonna Miss Me
13 Powder Room Blues
14 Train Station Blues
15 He Will See You Through

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Johnny Shines - Too Wet To Plow (1975)







Johnny Shines viajou com o lendário Robert Johnson nos anos trinta e, sendo parte da lenda, lendário também foi. Mesmo assim, ele foi esquecido e chegou a desistir da música por um tempo. Redescoberto nos anos 60, ele voltou à estrada e gravou grandes álbuns até que um AVC lhe tirou a destreza ao violão.
Esse disco é um dos melhores. Ele é muito bonito e vai fundo nas raízes do Mississippi para demonstrar sua compaixão para com seus irmãos. Sem a raiva e sem a revolta dominantes nos anos 60, apenas um grande abraço fraterno. 
Apesar da sua voz distinta, Shines dá o destaque a Louisiana Red, um outro grande bluesman cujo trabalho mereceria maior destaque.




Johnny Shines - violão, vocal (5)
Louisiana Red - vocal, violão, harmônica
Ron Rault - baixo
Sugar Blue - harmônica





1  Too Wet To Plow
2  Travelling Back Home
3  Hot Tomale [Robert Johnson]
4  Moanin' The Blues
5  Red Sun
6  Winding Mind
7  You Better Turn Around
8  The Wind Is Blowin'
9  Trouble's All I See
10 30 Days In Jail
11 Pay Day Woman
12 Epilog

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Edgar Winter's White Trash - Edgar Winter's White Trash (1971)








Hoje comemoramos o "Dia da Consciência Negra", não foi? Aos visitantes estrangeiros que estão traduzindo, eu devo esclarecer que isso não tem nada a ver com nossos políticos, afinal, não me consta que ratos e baratas tenham consciência. Voltando então ao tema do dia, toda discriminação é repulsiva e incompreensível, ainda mais num país com maioria de cidadãos negros. Quando nos damos conta de que toda cultura mundial do século XX em diante foi baseada na criação dos afro-descendentes, a coisa fica ainda pior no campo da lógica. Aí eu me lembrei desse álbum do Edgar Winter. Quem melhor que o texano albino para ilustrar meu ponto? E que título ele tem, né? E ele é gospel, é blues, é soul, é funk, R&B e rock. Atente para o poema de Patti Smith no folder.





Edgar Winter - vocal, piano, órgão, sax alto, Celeste 
Rick Derringer - guitarra solo (8, 10)
Floyd Redford - guitarra
Jerry LaCroix - vocal, sax tenor, gaita
Jon Smith - sax tenor, vocal
Mike McLellan - trompete, vocal
George Sheck - baixo
Bobby Ramirez - bateria
Ray Beretta - congas
Alfred V. Brown, Arnold Eidus, Emanuel Green, Gene Orloff, George Ricci, Max Pollikoff, Russel A. Savakus, Selwart Richard Clark - cordas





1  Give It Everything You Got
2  Fly Away
3  Where Would I Be
4  Let's Get It On
5  I've Got News For You
6  Save The Planet
7  Dying To Live
8  Keep Playin' That Rock 'N' Roll
9  You Were My Light
10 Good Morning Music

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Dragonfly - Dragonfly (1968)








Essa banda não é aquela que deu origem à Machine. Essa é americana do Colorado e seu nome nem seria Dragonfly, mas sim The Legend — ao menos é assim que se apresentavam. A confusão pode ter começado com a saída de um tecladista pouco antes da gravação desse disco, que é o único da banda. Dragonfly seria apenas o título dele e por algum motivo a coisa ficou assim.
O som aqui é rock psicodélico bem pesado, cheio de fuzz, eco e loops reversos. É muito precoce para ser chamado de hard-rock, mas estava no bom caminho. E é um ótimo disco. Pegue um bom fone de ouvido e uma bebida mais-ou-menos e seja feliz!





Gerry Jimerfield - vocal, guitarra
Randy Russell - guitarra, vocal
Jack Duncan - baixo
Barry Davis - bateria, vocal





1  Blue Monday        
2  Enjoy Yourself        
3  Hootchie Kootchie Man        
4  I Feel It        
5  Trombodo        
6  Portrait of Youth        
7  Crazy Woman        
8  She Don't Care        
9  Time Has Slipped Away        
10 To Be Free        
11 Darlin'        
12 Miles Away  

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Machine - Machine (1970)








A Machine é holandesa de Rotterdam, existiu por dois anos apenas e lançou só este disco. Ela nasceu das cinzas da lendária banda psicodélica Dragonfly, primeiramente chamando-se Swinging Soul Machine. Ela desenvolveu um som baseado no rock psicodélico, só que mais pesado e com a introdução de metais. Há quem veja um proto-prog aí, mas é um bom hard-rock na minha opinião.





Paul Vink - teclados
Hans Sel - guitarra
John Caljouw - vocal
Maarten Beckers - sax, flauta, clarinete
Wim Warby - sax tenôr
Francois Content - trompete
Jan Warby - baixo
Jan Bliek - bateria





1 Rainmaker
2 Virgin
3 Say Goodbye To Your Friends
4 God's Children
5 Old Black Magic
6 Spanish Roads
7 Lonesome Tree
8 Sunset Eye

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Andromeda - Andromeda (1969)








John Cann foi um dos maiores e mais criativos guitarristas do hard-rock e é muito injusto que seja tão pouco lembrado. Ele começou numa banda chamada The Attack e depois integrou a The Five Day Week Straw People. Esta última era uma banda psicodélica que fazia muito sucesso no circuito universitário britânico e chegou a gravar um disco pelo selo Saga. O som dela começou a mudar para o blues-rock pesado por influência da Cream. O baterista original, Jack McCulloch, saiu e Ian McLane assumiu seu lugar. O sucesso foi aumentando e atraiu o interesse do produtor da The Who e do próprio Pete Tonshend. Com a ajuda deles, um contrato com a RCA foi assinado. A banda então mudou seu nome para Andromeda — consta que John Cann tinha grande interesse por astronomia e ficção científica. Cann também mudou seu nome para DuCann, por indicação do agente. 
O álbum Andromeda é um dos meus favoritos. Ele mantém a base psicodélica, as harmonias vocais, mas adiciona peso e estruturas mais complexas, usando elementos eruditos. A faixa "Return to Sanity", por exemplo, é baseada no trecho "Mars" da The Planet Suite do compositor Gustav Holst. Não é o caso de dizer-se "prog" mas as melodias são muito boas, mas muito boas mesmo. E aí vem algumas das melhores sacadas de guitarra, das mais criativas no gênero. Jimmy Page declarou que foi muito impactado por esse disco. Tony Iommy também. Um exercício legal é ouvir Andromeda e depois ouvir algum disco clássico da Black Sabbath. Jeff Beck também se rendeu no Beck-Ola.
Em tempo, Mick Hawksworth também fez um grande trabalho no baixo.
Logo depois do lançamento desse disco, John Cann foi se juntar à Atomic Rooster, que até então não tinha um guitarrista. Com ela Cann gravou o clássico "Death Walks Behind You", dividindo as composições com Vincent Crane.





John Cann - guitarra, vocal
Mick Hawksworth - baixo, vocal
Ian McLane - bateria





1  Too Old   
2  Day of the Charge   
3  And Now the Sun Shines  
4  Turns to Dust  
5  Return to Sanity  
6  The Reason   
7  I Can Stop the Sun  
8  When to Stop  
9  Go Your Way   
10 Keep Out 'cos I'm Dying  
11 Garden of Happiness 
12 Exodus 
13 Journey's End 
14 Let's All Watch the Sky Fall Down 
15 Darkness of Her Room    
16 See Into the Stars


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

The Cleves - Cleves (1970)








The Cleves foi formada na Austrália pela neo-zelandesa Gaye Brown e pelos irmãos Ron e Graham Brown. Inicialmente ela se chamou The Clevedonaires em razão da região onde estavam (Clevedon). 
O musicólogo Ian McFarlane a descreve como um perfeito exemplo de onde o rock psicodélico tomou o caminho progressivo. De fato, esse álbum é dominado por faixas mais longas com aquela atmosfera criada pela combinação do órgão com a guitarra plugada no pedal fuzz. O ponto alto é a versão de Summertime.





Gaye Brown - órgão, baixo, vocal
Ron Brown - guitarra
Milton Lane - guitarra rítmica, baixo
Graham Brown - bateria





1  Work Out
2  There Is A Place
3  Keep Trying
4  Time Has Come
5  Summertime (George Gershwin) 
6  Wait For A Moment
7  For A Time
8  Waterfall
9  You And Me
10 Music From Michael








terça-feira, 7 de novembro de 2017

Christopher - Christopher (1970)








Uma cópia da prensagem original desse disco foi vendida em 2015 por quase mil libras. Ele é o único da banda texana Christopher que nasceu como United Gas em Dallas, por volta de 1968 — mudança de nome se deu quando foram para Los Angeles. Ela tocou com a 13th Floor Elevators e a Moving Sidewalks e também num monte de encontros de motoqueiros, que aparentemente era seu público preferido. Aliás, essa foto da capa foi tirada na sede de uma gang chamada "Barons of Earth". O som é rock psicodélico pesado, com ótimas composições e muito pedal fuzz.





Richard Avitts - guitarra
Doug Walden - baixo, piano, gravador
Doug Tull (Josefus) - bateria
John Simpson - bateria
Terrance Hand - bateria
Ron Kramer - percussão





1  Dark Road
2  Magic Cycles
3  Wilbur Lite
4  In Your Time
5  Beautiful Lady
6  Lies
7  Disaster
8  The Wind
9  Queen Mary
10 Burns Decision


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Hackensack - Up The Hard Way (1974)








A Hackensack surgiu em 1969 na Inglaterra e ganhou fama com suas apresentações ao vivo. Essa reputação permitiu que a banda excursionasse com a Mott The Hoople e, então, conseguisse gravar um single. O single fez muito sucesso e seguiu-se desse álbum, que é o único que lançou. Ele foi produzido por Derek Lawrence que produziu os primeiros discos da Deep Purple e da Wishbone Ash. A faixa título é um clássico do hard-rock e uma antevisão do metal. Não à toa, Nicky Moore iria tocar na Samson e na Mammoth.





Ray Smith (Mott The Hoople) - guitarra, vocal
Nicky Moore (Samson) - vocal, piano, guitarra
Paul Martinez (Chicken Shack, Paice Ashton & Lord) - baixo
Simon Fox (Be Bop Deluxe) - bateria, percussão





1 Up The Hardway
2 A Long Way To Go
3 Goodbye World
4 Lazy Cow
5 Angels Theme / Goodboy Badboy
6 Blindman
7 Northern Girl
8 Hot Damn Home-Made Wine

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Elonkorjuu - Harvest Time (1972)








Esta banda de Pori, na Finlândia, estava entre os novos grupos mais promissores de sua era, mas, infelizmente, só nos deixou um álbum de excelente rock pesado influenciado por Jethro Tull, Deep Purple e Led Zeppelin. Canções como "Praise To Our Basement" indicam que eles eram uma banda de garagem, mas eram muito mais sutis do que isso, muitas vezes tocando peças sentimentais com desenvolvimento dinâmico e bom uso do órgão Hammond e flauta para contrabalançar as guitarras.





Heikki Lajunen - vocais, violão, baixo, piano
Ilkka Poijarvi - guitarra, órgão, flauta
Jukka Syrenius - guitarra
Veli-Pekka Pessi - baixo
Eero Rantasila - bateria





1  Unfeeling 
2  Swords 
3  Captain 
4  Praise To Our Basement 
5  Future 
6  Hey Hunter 
7  The Ocean Song 
8  Old Man's Dream 
9  Me And My Friend 
10 A Little Rocket Song 
11 Where's The Rising Sun

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Alamo - Alamo (1971)








Alamo foi uma ótima banda do Tennessee e é mais uma daquelas que só lançaram um disco. Ele tem elementos do rock psicodélico, do blues e do hard-rock. Mas, sendo ela do sul, tudo tem aquele tempero. Larry Raspberry fez um belo trabalho aqui e depois partiu em carreira solo.





Ken Woodley - órgão, vocal
Larry Raspberry - guitarra
Larry Davis - baixo
Richard Rosebrough - bateria, percussão





1 Got To Find Another Way
2 Soft And Gentle
3 The World We Seek
4 Question Raised
5 Bensome Changes
6 All New People
7 Get The Feelin'
8 Happiness Is Free