sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Bacon Fat - Grease One For Me (1970)








George "Harmonica" Smith nasceu em 1924 no Arkansas. Ele começou a tocar blues muito cedo e praticou exaustivamente até o ponto de poder viver da música decentemente. Nos anos 50 ele mudou-se para Chicago e integrou a banda de Muddy Waters por um ano. Daí ele foi para a costa oeste americana onde ganhou respeitabilidade, mas frequentemente voltava à Chicago para tocar com Otis Spann e Otis Rush.
Rod Piazza nasceu na California em 1947. Entre seus ídolos estavam Little Walter e o próprio Harmonica Smith. Pois foi num desses retornos de Chicago de Harmonica Smith que ambos começaram a trabalhar juntos e formaram a eletrificada Bacon Fat. 
Além de lançar dois discos — este é o primeiro — a banda acompanhou T-Bone Walker, Big Joe Turner e Big Mama Thornton.





George "Harmonica" Smith - harmônica, vocal
Rod "Gingerman" Piazza - harmônica, vocal
J.D. Nicholson - piano, vocal
Gregg Schaefer - guitarra, bandolim
Buddy Reed - guitarra, vocal
Jerry Smith - baixo
Dick Innes - bateria





1  Up The Line
2  Boom Boom (Out of The Lights)
3  Small's On 53rd
4  She's A Wrong Woman
5  I Need Your Love
6  Juicy Harmonica
7  Nobody But You
8  Telephone Blues
9  You're So Fine
10 Too Late

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Wind - Seasons (1971)








Essa banda é alemã de Erlangen e começou sua carreira no meio dos anos 60 como um grupo beat que tocava principalmente em bases militares americanas. Em 1969, após várias mudanças de nome e de pessoal, ela foi rebatizada como Chromosom e apresentava um som influenciado pela west coast music. 
Com a entrada de Bernd Leistner o som da banda foi mudando para o lado do prog e eles conseguiram um contrato com um selo recém criado chamado +Plus+. Esse é o disco de estréia e as músicas são poéticas e complexas, cheias de partes instrumentais. Elas tem muita influência anglo-americana, sobretudo da Vanilla Fudge e da Deep Purple, mas alinha-se com as conterrâneas Ikarus e 2066 And Then. Esse álbum é considerado um clássico mas o seguinte, lançado apenas um ano depois, é feito de músicas curtas e sem envolvimento instrumental.





Lucian Büeler - órgão, piano, vocal, percussão
Thomas Leidenberger - guitarra, vocal
Bernd "Steve" Leistner - vocal, harmônica, flauta  [Schlotterla
Andreas Büeler - baixo, vocal
Lucky Schmidt - bateria, percussão, vibrafone, Clavinet, piano (3)
com
Jochen Petersen - flauta (1)





1 What Do We Do Now
2 Now It's Over
3 Romance
4 Springwind
5 Dear Little Friend
6 Red Morningbird

domingo, 24 de setembro de 2017

Diabolus - Diabolus (1972)








A Diabolus foi uma banda de Oxford, Inglaterra, que fez uma mistura muito competente de jazz e prog-rock. O amplo uso da flauta lembra bastante a Jethro Tull e na faixa 2 eu diria que é um pouco mais do lembrança. 
Dizem que a banda estabeleceu-se na Alemanha mas o que na verdade aconteceu é que, em 1971, as gravadoras inglesas não quiseram lançar o disco por não verem muita viabilidade comercial. Como o baterista era alemão, ele usou seus contatos e conseguiu que o selo Bellaphon enfim o lançasse no ano seguinte. E esse foi único álbum da Diabolus.





John Hadfield - guitarra, vocal
Anthony Hadfied - baixo, vocal
Philip Howard - flauta, sax, orgão, piano
Ellwood Von Seibold - bateria





1 Lonely Days
2 Night Clouder Moon
3 1002 Nights
4 3 Piece Suite
5 Lady Of The Moon
6 Laura Sleeping
7 Spontenuity
8 Raven's Call


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Ornette Coleman - The Shape Of Jazz To Come (1959)







Ornette Coleman nasceu no Texas, tocou na banda de Pee Wee Crayton e foi piloto de elevador — durante as paradas nos andares ele estudava música. Ele chegou em Nova York em 1959 e foi nesse momento que o jazz de vanguarda, ou free jazz, ou "new thing", teve seu grande impulso. Tocando um sax de plástico ele dividiu a comunidade jazzística; alguns o consideravam um gênio, outros, um charlatão. Os primeiros achavam que ele era uma extensão de Charlie Parker, um cara que pegou de onde Bird parou, sem imitá-lo. Os outros achavam que até começava bem uma música, mas de repente ia para o espaço sideral. De certa forma, sim. Coleman mesmo declarou que não dizia para os músicos do seu quarteto como deveriam tocar, e sim, que deveriam ouvir a própria musica e interpretar com seus sentimentos. Esse quarteto, aliás, já era meio incomum por não ter instrumentos de cordas, como o piano — acusavam-no de rejeitar a tradição do jazz. Dessa forma, suas músicas não estavam amarradas à progressões harmônicas tradicionais e os solistas podiam mover-se para diferentes áreas, apenas com o baixo de Charlie Haden a manter a coisa unida.
O título desse álbum é bastante adequado e não foi Coleman quem escolheu. Ele já tinha outro mas quando os caras da Atlantic ouviram o material, impuseram "The Shape Of Jazz To Come". 





Ornette Coleman - sax alto
Don Cherry - trompete
Charlie Haden - baixo
Billy Higgins - bateria





1 Lonely Woman
2 Eventually
3 Peace
4 Focus On Sanity
5 Congeniality
6 Chronology



terça-feira, 19 de setembro de 2017

Porcupine Tree - Deadwing (2005)








O neo-prog que surgiu no início dos anos oitenta pegou influências do prog sinfônico mas fez concessões ao mercado, como ser melódico e adotar os sintetizadores como instrumentos dominantes. Do jazz não exibiu vestígios e a complexidade deu lugar à composições lineares, muito próximas do pop. Não a toa, foi um voo de galinha. 
Naturalmente, bons músicos sempre houve e aqueles que queriam fazer um rock com qualidade e boas idéias tiveram que buscar outras fórmulas. Alguns aproximaram-se ainda mais do jazz num som totalmente instrumental, e outros acrescentaram elementos do metal. 
Pessoalmente, eu acho que a grande banda desses nossos dias é a Porcupine Tree, muito embora ela esteja inativa há sete ou oito anos. Ela começou meio que satirizando o som espacial da Pink Floyd mas acabou mergulhada nele. Na sua trajetória ela foi se modificando com muita coerência, integridade e, acima de tudo, talento. Em 2002 ela saiu em turnê com a Yes e muita gente viu nisso um simbolismo, uma passagem de bastão. O que se sente é que essa trajetória sintetiza todo o gênero. 
A partir de 1999 ela lançou uma sequência de quatro álbuns fantásticos, cada um deles com mais e mais riffs típicos do metal, mais peso, até chegar a Deadwing, que eu considero o máximo.
Esse álbum foi baseado num roteiro escrito por Steven Wilson e pelo artista gráfico Mike Bennion para um filme que não chegou a ser realizado. Deadwing seria um personagem desse filme, um fantasma, mas o álbum não é uma trilha sonora. Como se supõe, o clima é soturno e há várias referências religiosas. O som é acessível o suficiente para cativar ouvintes mais jovens, mas é profundo o suficiente para sugerir de onde as coisas vêm. As canções são concisas, com exceção de Arriving Somewhere But Not Here. Ela começa com um minuto e meio de som ambiente, passa para um vocal suave ao som do violão, à la Pink Floyd, e quando a banda toda entra vão-se mais dez minutos de riffs, até o mais pesado, cortesia de Mikael Åkerfeldt.
Essa edição inclui uma faixa bônus e um segundo CD com faixas já conhecidas, algumas em versão ao vivo. 





Steven Wilson - guitarras, violão, teclados, Dulcimer, baixo
Richard Barbieri - teclados
Colin Edwin - baixo
Gavin Harrison - bateria, percussão

com (CD 1):
Adrian Belew - guitarra solo (1,4)
Mikael Åkerfeldt (Opeth, Storm Corrosion) - guitarra (5), vocal (1, 3, 5, 10)





CD 1
1 Deadwing
2 Shallow
3 Lazarus
4 Halo
5 Arriving Somewhere But Not Here
6 Mellotron Scratch
7 Open Car
8 Start Of Something Beautiful
9 Glass Arm Shattering
10 Shesmovedon (2004 Version)

CD 2
1 Even Less
2 Pure Narcotic
3 How Is Your Life Today
4 Buying New Soul
5 Russia On Ice (Live)
6 Blackest Eyes
7 Trains (Edit)
8 Open Car
9 Lazarus (Single Edit)
10 Halo (Live)

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Twelfth Night - Fact And Fiction (1982)








Quando o Rock Progressivo surgiu, e antes de assim ser chamado, algumas publicações se referiam ao gênero como "rock clássico influenciado pelo jazz". As bandas eram encaradas como curiosidades — alguém disse que o nome "Emerson, Lake & Palmer" poderia ser o de um escritório de advogados — mas rapidamente se transformaram em astros. Elas provaram que o rock não precisava ser necessariamente simples e bobo, que poderia ser complicado e bobo. O sucesso deu permissão para todo tipo de extravagância: álbuns conceituais não consensuais, instrumentos estranhos e pilhas deles, exibicionismo instrumental e exibicionismo no palco. Peter Gabriel tinha seus trajes, Rick Wakeman tinha sua capa de lantejoulas e Keith Emerson brigava com seu Hammond até o dia em que o órgão caiu em cima dele e foi preciso ajuda para libertá-lo do ippon. 




Todos levaram muito a sério o termo "progressivo", e isso não é uma crítica. Mas a auto-indulgência produziu seus males. Jon Anderson disse que era a forma mais elevada de arte e Robert Fripp declarou que queria fazer álbuns que durassem. Isso ele conseguiu. 
No final da década de setenta o boom do prog já tinha ido e a reação ao prog repudiou tudo o que ele estabeleceu, principalmente a inteligência. De uma patada só vieram o punk e a disco music. Depois veio o pior: a punk-disco ou disco-punk, ou "new wave". A new wave esfregou na cara dos punks o ditado que nada é tão ruim que não possa piorar. Mas passou, tudo passa (menos a KC).

Com nome tirado de uma peça de Shakespeare, a Twelfth Night é considerada a fundadora do Neo-Prog. Ela fez a ponte entre o prog e a new wave, mas não torça o nariz sem ouvir. Sim, ela é melódica e meio melosa mas as melodias são bonitas. São tristes também. Sim, a banda faz concessões comerciais, mas como resgatar um gênero sem fazê-lo? Sua principal influência vem da Genesis, sobretudo no vocal, e esse estilo vocal e melódico marcou todo o Neo-Prog. Seu legado está na Marillion, na IQ, Pallas...
Esse foi o primeiro álbum dela que teve um lançamento propriamente dito — há outras gravações anteriores que só saíram em cassete ou LP quase caseiro. O primeiro disco mesmo foi todo instrumental e gravado ao vivo, um verdadeiro ato de bravura naqueles dias.





Geoff Mann - vocal, efeitos
Clive Mitten - teclados, baixo, violão clássico
Andy Revell - guitarra, violão
Brian Devoil - bateria, percussão
Jane Mann - backing vocal





1 We Are Sane
2 Human Being
3 This City
4 World Without End
5 Fact And Fiction
6 The Poet Sniffs A Flower
7 Creepshow
8 Lovesong


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Jimi Hendrix - Message From Nine To The Universe (2006)








A ideia inicial dessa coletânea era mostrar que Hendrix estava propenso ao jazz entre 1969 e 1970. O principal material seriam as sessões que Hendrix gravou com John McLaughlin, mas parece que John não autorizou o uso delas. Essas gravações acabaram surgindo como bootlegs, com má qualidade sonora e sem muito interesse, nem jazz. O álbum saiu mesmo assim, só com jams muito editadas; entre elas algumas com o organista Larry Young e o baixista Dave Holland que foram companheiros de McLaughlin na banda Lifetime do Tony Williams. Também quase nada de jazz ou fusion se percebe, a não ser pelo estilo pessoal de Dave Holland. Talvez Hendrix ainda não tivesse pego a coisa, ou talvez fossem mesmo apenas jams descontraídas — Hendrix está sendo Hendrix e isso é sempre bom. Esse relançamento em CD é bacana porque os takes não estão editados, e ainda há faixas a mais.





Jimi Hendrix - guitarra, vocal
Larry Young - órgão (3, 4)
Dave Holland - baixo (2, 4, 6, 7)
Billy Cox - baixo (1, 3, 4, 5)
Buddy Miles (1, 2, 8, 9, 10), 
Mitch Mitchell - bateria (3 à 7)
Jim McCarty (Cactus) - guitarra (5)
Larry Lee (Gypsy Sun And Rainbows) - guitarra (10)
Juma Sultan (Gypsy Sun And Rainbows) - percussão (10)





1 Nine To The Universe
2 Jimi / Jimmy Jam
3 Young / Hendrix Jam
4 Easy Blues
5 Drone Blues
6 Midnight Lightning Jam
7 Highway Of Broken Dreams
8 Lonely Avenue Jam
9 Lover Man
10 Tring To Be


terça-feira, 12 de setembro de 2017

Miles Davis - In A Silent Way (1969)








Miles Davis estava muito interessado pela música feita por bandas progressivas como a King Crimson e a Soft Machine, que se serviam bem do jazz. Ele também tinha interesse pelo compositor polonês Krzysztof Penderecki, pela soul music de James Brown e pelo rock da banda Sly And Family Stone e do Jimi Hendrix. Hendrix, por sua vez, sempre usou intuitivamente um nono acorde em seus solos, que é uma harmonia frequentemente usada no jazz. Ele também estava sendo influenciado pelo som da King Crimson, bem como pelo soul e pelo funk. Entre 1969 e 1970, Miles e Hendrix conversaram várias vezes sobre gravarem um álbum juntos. A morte prematura de Hendrix não permitiu que isso acontecesse mas não diminuiu a vontade de Miles de fazer uma mistureba com o rock, e a coisa foi tomando forma com a chegada de John McLaughlin em Nova York. 
No seu primeiro dia na cidade McLaughlin participou de uma jam session e logo no seu primeiro solo já foi derrubando o queixo de Larry Coryell, Cannonball Adderley e do próprio Davis, que lhe convidou para participar das gravações de In A Silent Way. Esse álbum foi uma mudança bastante radical. Em comparação com seus trabalhos anteriores, ele é ritmicamente e harmonicamente muito mais simples. É orientado por riffs e apresenta três tecladistas. Joe Zawinul foi convidado pouco antes; Miles lhe disse para trazer os teclados e alguma composição. Zawinul trouxe In A Silent Way. À McLaughlin ele pediu para tocar a melodia num único acorde e para "tocar como se não soubesse tocar". O produtor Teo Macero reuniu tudo em duas longas faixas, uma de cada lado, como as suítes prog. 
Nessa época a revista Rolling Stone era apenas um jornalzinho, mas já era influente e escreveu o seguinte sobre o disco: "Não é Jazz e nem Rock... Eu acredito que há uma nova música no ar, uma arte que não conhece fronteiras nem categorias, uma nova escola que é indiferente à moda."





Miles Davis - trompete
Wayne Shorter - sax tenor e soprano
Chick Corea - piano elétrico
Joe Zawinul - órgão, piano elétrico
Herbie Hancock - piano elétrico
John McLaughlin - guitarra
Dave Holland - baixo
Tony Williams - bateria




1 Shhh / Peaceful
2 In a Silent Way / It's About That Time
   a. In a Silent Way
   b. It's About That Time
   c. In a Silent Way

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Mahavishnu Orchestra - Birds of Fire (1972)









Os dois discos de estúdio da primeira formação da Mahavishnu Orchestra parecem ter reunido todas as idéias musicais da sua época. Com musicalidade ousada e composições que exigiam mudanças repentinas no ritmo e na direção harmônica, o nosso ouvido os aproxima do Rock Progressivo. Foi uma fusão perfeita. Só que o termo "fusion" estava longe de ser usado nessa época. Jeff Beck até implorou: "Pelo amor de Deus, alguém pode dar um nome para isso que eu chamo de "ain't jazz, ain't rock"?

É sabido que a revista Guitar Player proclamou John McLaughlin como o pai de fato do movimento fusion dos anos 70. Num sentido mais amplo, credita-se essa proeza ao Miles Davis pelo seu álbum In A Silent Way, mas McLaughlin está nele. 
As primeiras experiências de fusão do jazz com outros gêneros foram feitas no início dos anos 60, usando estruturas da música clássica européia e, depois, estruturas rítmicas da música indiana. Seguiram incluindo elementos da música do oriente médio e da música folclórica européia. Thelonious Monk introduziu o uso do espaço e Ornette Coleman estabeleceu a liberdade. Tudo isso tendo como chave central as progressões do blues. Tudo bem parecido com os caminhos do Rock Progressivo. E John McLaughlin colocou tudo isso na sua Mahavishnu Orquestra, incluindo as experiências com Graham Bond e Brian Auger. 

John Mclaughlin saiu de Londres em 1969 rumo à Nova York atendendo a um convite do baterista Tony Williams, que era membro do quinteto de Miles Davis. O convite era para integrar um projeto paralelo chamado Lifetime. Por duas vezes ele recusou convites de Miles para fazer parte de sua banda, embora tenha gravado dois discos históricos com ela. Então veio a MO. 

Birds Of Fire diferencia-se do seu antecessor pela inclusão do sintetizador Moog. Com ele Jan Hammer provou que um tecladista poderia tocar tão rápido e com a mesma dinâmica de um guitarrista. Ele incluiu uma distorção próxima da fuzz e desenvolveu um "bend", mimetizando o idioma da guitarra. Mclaughlin tem muito de Hendrix nos seus solos, mas sua velocidade e a ligação das notas são de cair o queixo. Somando-se o violino frenético do ex-The Flock Jerry Goodman, mais os riffs de Rick Laird, e colocando tudo sobre a polirritmia de Billy Cobham, tem-se algo como a King Crimson com um tecladista dedicado. Mas a estrutura é de jazz mesmo, do tipo "tema - desenvolvimento - solo - volta ao tema - fecha". 

Infelizmente a banda se separou logo depois. McLaughlin queria permanecer como o único compositor e os demais ficaram insatisfeitos por não poder expressar as próprias idéias. O curioso é que esse foi justamente o motivo que o fez recusar os convites de Miles Davis para ser membro permanente da sua banda. De qualquer forma, o legado da MO, com Birds of Fire no topo, é um marco na música sob qualquer orientação.





John McLaughlin - guitarra, violão
Jerry Goodman - violino, violino elétrico
Jan Hammer - piano, piano elétrico, Moog
Rick Laird - baixo
Billy Cobham - bateria





1 Birds of Fire
2 Miles Beyond
3 Celestial Terrestrial Commuters
4 Sapphire Bullets of Pure Love
5 Thousand Island Park
6 Hope
7 One Word
8 Sanctuary
9 Open Country Joy
10 Resolution

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Gentle Giant - Octopus (1972)








Nenhum álbum da Gentle Giant parece-se muito com os outros. Nesse sentido, depois da complexidade dada ao Aquiring The Taste de 1971, no ano seguinte a banda lançou dois discos mais acessíveis. Octopus foi o segundo deles. Octo (oito); Opus (composição sucinta). Nele encontramos um novo baterista, John Wethers, vindo da banda Pete Brown & Piblokto. As composições se concentram um pouco mais no folk, mas num folk em sentido bem amplo que abarca a literatura, os costumes e os estilos musicais de toda a Europa. O som alterna entre trechos instrumentais barrocos e o folk inglês. Apesar da dessa diversidade, Octopus é o álbum mais coeso da GG. Muito das idéias musicais tem inspiração na obra do escritor Albert Camus e dos conceitos do psiquiatra escocês R.D. Laing. Mas se nesse ponto você acha que as coisas estão ficando meio enfadonhas, lembre-se que a GG nunca se esqueceu de que é uma banda de Rock e o fato de ter acompanhado a Black Sabbath em mais de uma turnê evidencia de qual tipo de Rock falamos. Não somente, cada faixa ilustra um aspecto do Rock. Além de tudo, John Wethers é um dos maiores bateristas de toda a cena progressiva e sua habilidade de manter o pulso aglutinou o som da banda. Octo Opus é a obra-prima da GG e um álbum fundamental de Rock progressivo.





Derek Shulman - vocal, sax alto
Philip Shulman - trompete, saxtenor, melofone, vocal
Kerry Minnear - órgão Hammond, piano, piano elétrico, Minimmoog, Mellotron, Clavinet, harpsichord, órgão regal, vibrafone, cello, percussão, vocal
Gary Green - guitarra, percussão
Raymond Shulman - baixo, violino, viola, guitarra, percussão, vocal
John Wethers - bateria, percussão




1 The Advent Of Panurge
2 Raconteur Troubadour
3 A Cry For Everyone
4 Knots
5 The Boys In The Band
6 Dog's Life
7 Think Of Me With Kindness
8 River

domingo, 3 de setembro de 2017

Van Der Graaf Generator - Pawn Hearts (1971)








A VDGG foi uma das bandas mais originais do Rock Progressivo. Liderada pelo não menos original Peter Hammill, sua música é épica e suas letras beiram a profundidade da literatura. 
Pawn Hearts é o quarto disco e fechou a primeira geração da banda. Depois de excursionar bastante com o repertório desse álbum, incluindo uma longa turnê pela Itália onde o álbum chegou ao primeiro lugar, começaram a surgir atritos com a gravadora Charisma e a banda se separou. Hammill seguiu em carreira solo mas seus discos sempre contaram com os antigos parceiros. Decerto foi um final em grande estilo, pois Pawn Hearts é uma obra-prima. A banda vivia seu grande momento de criatividade e tinha um empresário que facilitava tudo. Para Pawn Hearts, ele ofereceu sua própria casa no campo (que dizia-se ser assombrada) com funcionários para todas as tarefas. Eles tiveram muito mais tempo para trabalhar nas composições, que tem arranjos complexos envolvendo música clássica do século XX, jazz contemporâneo e psicodelia. Depois dos ensaios nessa mesma casa (onde a foto do interior da capa foi tirada) eles passaram quatro semanas no estúdio Trident esticando as coisas e desenvolvendo alguns efeitos. Um deles consistia em ligar dois gravadores e sobre o carretel de um deles colocar um cinzeiro pesado para provocar um delay. Consta que eles usaram todos os gravadores que havia no estúdio. Aí a gente repara naquele moço ali no final dos créditos, um certo Robert Fripp. Anos mais tarde ele iria empregar variantes desses delays nos seus frippertronics.





Peter Hammill - vocal, violão, guitarra slide, piano, piano elétrico
Hugh Banton - órgão Hammond, órgão Farfisa, piano, Mellotron, sintetizador ARP, pedal de baixo, baixo, vocal
David Jackson - sax tenor, sax alto, sax soprano, flauta, eletrônicos, vocal
Guy Evans - bateria, percussão, piano
com:
Robert Fripp - guitarra (2, 3)





1 Lemmings (Including Cog)
2 Man Erg
3 A Plague Of Lighthouse Keepers
   a) Eyewitness
   b) Pictures / Lighthouse
   c) Eyewitness
   d) S.H.M.
   e) Presence Of The Night
   f) Kosmos Tours
   g) (Custard's) Last Stand
   h) The Clot Thickens
   i) Land's End (Sineline)
   j) We Go Now
4 Theme One (Original Mix)
5 W (First Version)
6 Angle Of Incidents
7 Ponker's Theme
8 Diminutions