Depois de deixar a Deep Purple, Ian Gillan quis ser um homem de negócios; ele comprou os estúdios De Lane Lea e mudou o nome para Kingsway. Não era um lugar qualquer — por lá passaram Pink Floyd, Beatles, The Who, Soft Machine, Stones e muitos outros. Só que as coisas não foram muito bem e Gillan viu-se em sérios apuros financeiros. O jeito era voltar a cantar. Ele procurou Ray Fenwick, ex-After Tea e Spencer Davis. Fenwick convidou o ex-Quatermass John Gustafson, que recentemente havia estado com ele na banda Fancy e na Roxy Music. Mark Nauseef era da banda Elf e tocou com Jon Lord. Mike Moran tinha uma carreira solo, era músico de estúdio e também tocou com Lord, bem como com Roger Glover no Butterfly Ball.
Coube a Roger Glover produzir esse disco que soa muito mais como os últimos trabalhos de Fenwick e Gustafson. De fato, Gillan desejava um som mais comercial. Nesse sentido seria muito fácil para ele reeditar o passado, porém concluiu que a pior coisa seria criar uma nova Deep Purple. Então criou-se a "Shand Granade". O som dela misturou o hard-rock com o jazz-rock-fusion-funk. O fã da Deep Purple certamente disse: Oh, não... de novo não! Mas em 1975, se queria ganhar dinheiro, tinha que ir ao funk. E ainda por cima eles decidiram abandonar o nome Shand Granade em favor de "Ian Gillan Band", por razões óbvias.
Child In Time é um bom disco, um disco subestimado que tem bons momentos e bem pesados. A banda é mais do que competente e Gillan está à vontade para gritar mais alto que a guitarra, como Blackmore jamais aceitaria.
Ian Gillan - vocal
Ray Fenwick - guitarra, slide, vocal
Mike Moran - FenderRhodes, Clavinet, Hammond, piano, ARP solina string ensemble
John Gustafson - baixo, vocal
Mark Nauseef - bateria, percussão
com
Roger Glover - produção, sintetizador, kalimba, vocal
1 Lay Me Down
2 You Make Me Feel so Good
3 Shame
4 My Baby Loves Me
5 Down the Road
6 Child in Time
7 Let it Slide
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