quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Steve Hackett - The Tokyo Tapes (1996)


Steve Hackett é um daqueles "guitarristas dos guitarristas". Seu timbre limpo, a ligadura das notas impecável e as progressões dos acordes o fazem ser reconhecido facilmente, mesmo por alguém que o ouviu poucas vêzes. É creditada a ele a introdução do Tapping na guitarra elétrica. O Tapping é uma técnica secular no violão erudito. Consiste em percutir as cordas com a ponta dos dedos e faz parte das chamadas técnicas pianísticas para violão. Quem gosta de guitarra associa o Tapping ao Stanley Jordan; ele poder ter sido o primeiro a usa-lo numa música inteirinha mas o Steve o fêz antes em solos.
Pelo seu refinamento, inclusive na composição erudita, há quem pense que ele tenha tido seu aprendizado em conservatórios mas não é bem assim. Na verdade, ele nunca teve uma educação formal em música. Começou tocando gaita e ouvindo blues inglês, notadamente a Bluesbreakers de John Mayall e os fantásticos guitarristas que passavam por lá. Ele também tinha interesse em jazz e música clássica.



Antes de chegar ao Genesis ele passou pelas bandas Canterbury Glass, Sarabande e Quiet World que tocavam rock com um toquezinho psicodélico e prog.
Em 1970, Steve colocou um anúncio na revista Melody Maker procurando por parceiros com os mesmos interesses musicais, que foi respondido por Peter Gabriel. Anthony Phillips havia deixado a banda, eles estavam com um guitarrista substituto e precisavam de alguém permanente. E assim foi, até outubro de 77.
Hackett estava se sentindo com pouco espaço no Genesis. Músicas suas, como Please Don't Touch, não estavam sendo aceitas e Blood on The Rooftops foi incluída em Wind & Wuthering mas nunca executada no palco.



Eu, pessoalmente, sinto que que quando ele saiu, levou a alma do Genesis com ele. Já no seu primeiro disco solo, Voyage of the Acolyte, dava pra pensar que se tratava de um álbum do Genesis, assim como dá pra pensar o mesmo deste The Tokyo Tapes.











Steve Hackett: guitarra,harmônica,vocais
John Wetton: baixo,guitarra,vocais
Chester Thompson: bateria
Ian McDonald: flauta,sax,guitarra,teclados,vocais
Julian Colbeck: teclados,vocais





Disco 1
1  Watcher Of The Skies
2  Riding The Colossus
3  Firth Of Fifth
4  Battlelines
5  Camino Royale
6  The Court Of The Crimson King
7  Horizons
8  Walking Away From Rainbows
9  Heat Of The Moment
10 In That Quiet Earth
11 Vampyre With A Healthy Appetite
12 I Talk To The Wind


Disco 2
1 Shadow Of The Hierophant
2 Los Endos
3 Black Light
4 The Steppes
5 I Know What I Like
6 Firewall (Studio Track)
7 The Dealer (Studio Track)
8 Los Endos ('Revisited' Studio Version)





Atualmente, a guitarra favorita do Steve é uma Fernandes Burny preta, tipo Les Paul com tremolo Floyd Rose e sustainer. Ele a toca no Tunnel's Mouth.


Outra muito presente em toda carreira é Gibson Les Paul Goldtop, modelo 1957.


E também uma Les Paul Custom preta com tremolo Floyd Rose e modificada para ser plugada no sintetizador Roland GR-700.


Tem uma Fender Stratocaster de 1970 que ele usava com o Gizmotron. Esse é um pequeno dispositivo encaixado sobre a ponte, que tem umas rodinhas que ficam raspando as cordas, fazendo um som parecido com o do Mellotron. Foi desnvolvido por Lol Creme e Kevin Godley, da banda 10cc.


E tem aquela Schekter Strat que ele usou no GTR.


Violões, ele prefere o Yairi nylon


e o Zemaitis de 12 cordas

6 comentários:

Marcelo disse...

http://www.mediafire.com/?d92bdtdggnw

http://www.mediafire.com/?pmpy90dmt1w

Anônimo disse...

Bela matéria!
Concordo com tudo, principalmente sobre a opinião em relação a saída dele do Genesis.
As fotos das guitarras e dos violões ficaram demais...
Show!!!

Marcelo disse...

Valeu Alexandre! Ele está entre os meus 5 guitarristas favoritos.

Marcelo disse...

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arte
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Unknown disse...

Hackett é sem dúvidas o guitartista com o mais belo timbre do progressivo junto com Gilmour. A citada Blood on the Rooftops sempre foi uma das minhas preferidas do Genesis, a melhor música pós Gabriel. Esse álbum soa fantástico mesmo 25 anos depois, não é para menos com essa formação não tinha como dar errado.

Marcelo disse...

Obrigado por comentar.